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A alopecia frontal fibrosante (AFF) é uma alopecia cicatricial linfocítica primária, de etiologia desconhecida, embora existam várias teorias que apoiam um potencial gatilho androgênico na sua patogênese. A AFF é caracterizada por uma recessão da linha frontal do cabelo e alopecia da sobrancelha.

O tratamento da AFF é desafiador, pois não há consenso sobre qual é o regime terapêutico ideal. Com isso, tem sido utilizadas tanto as terapias tópicas (corticosteróides, inibidores de calcineurina, minoxidil), quanto terapias sistêmicas com diferentes alvos (hidroxicloroquina, corticoterapia oral, retinóides orais, etc.).

Os resultados de estudos retrospectivos revelam que os inibidores da 5α-redutase, finasterida e dutasterida, parecem ser eficazes na estabilização da doença. A dutasterida é um inibidor competitivo, potente, seletivo e irreversível de todas as três isoformas da enzima 5α-redutase. Em comparação com a finasterida, a dutasterida inibe a 5α-redutase tipo 1 com afinidade 50 vezes maior e o tipo 2 com afinidade 11 vezes maior e pode ser mais eficaz no tratamento da AFF do que a finasterida.

Um estudo clínico, retrospectivo e observacional, publicado no periódico internacional Journal of the American Academy of Dermatology, availou os efeitos da dutasterida no tratamento de pacientes com AFF.

Foram incluídos 224 pacientes (222 mulheres) com AFF com no mínimo 12 meses de acompanhamento (variação de 12 a 108 meses). A resposta terapêutica foi avaliada de acordo com a estabilização da recessão capilar. Os pacientes receberem  o seguinte tratamento:

Grupo dutasterida (n=148):
0,5mg 1 ou 2x / semana
0,5mg 3x / semana
0,5mg 5 ou 7x / semana

Grupo outras terapias sistêmicas (n=20)

Grupo sem tratamento sistêmico (n=56)

 

Nenhum tratamento sistêmico foi prescrito para 56 (25%) pacientes, finasterida 2,5-5 mg / dia 9 (4%) pacientes, hidroxicloroquina 200-400 mg / dia 6 (2,7%) pacientes, doxiciclina 100 mg / dia 2 (1,3%) pacientes e isotretinoína 5-20 mg / dia 2 (0,9%) pacientes. Todos os pacientes, incluindo aqueles sem tratamento sistêmico, receberam minoxidil 5% tópico cinco noites por semana e solução de propionato de clobetasol 0,05% duas vezes por semana.

 

Resultados

 

⦁ A taxa de estabilização para as regiões temporais frontal, direita e esquerda após 12 meses foi de 62%, 64% e 62% no grupo dutasterida, de 60%, 35% e 35% com outras terapias sistêmicas e 30%, 41% e 38% sem tratamento sistêmico (P=0,000, 0,006 e 0,006, respectivamente);

⦁ A estabilização mostrou uma associação significativa com o aumento da dose de dutasterida, mostrando uma maior taxa de resposta com o tratamento semanal de 5 ou 7 doses de 0,5 mg (87,5% na região frontal, 90,6% na região lateral direita e 84,4% na região lateral esquerda, P = 0,001, 0,001 e 0,005);

⦁ A dutasterida foi bem tolerada por todos os pacientes.

 

Conclusão

 

A dutasterida oral foi a terapia mais eficaz. com uma resposta dependente da dose, para alopecia frontal fribrosante, em comparação com outras terapias sistêmicas ou nenhum tratamento sistêmico.

 

Formulações

Dutasterida

Dutasterida ——– 0,5 mg
Excipiente qsp ——– 1 Cápsula

Administrar 5 ou 7 cápsulas por semana ou conforme orientação médica.

+

Minoxidil

Minoxidil ——– 5%
Apus Capillusol qsp ——– 50 mL

Aplicar 20 gotas no couro cabeludo à noite, 5 vezes por semana, ou conforme orientação médica.

+

Propionato de Clobetasol

Clobetasol ——– 0,05%
Apus Capillusol qsp ——– 50 mL

Aplicar 20 gotas no couro cabeludo à noite, 2 vezes por semana, ou conforme orientação médica.

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FONTES: 

PINDADO-ORTEGA, Cristina et al. Effectiveness of dutasteride in a large series of patients with frontal fibrosing alopecia in real clinical practice. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 84, n. 5, p. 1285-1294, 2021.

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