Apus

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ocorre quando o conteúdo do refluxo do estômago causa sintomas e/ou complicações. É caracterizada por sintomas de azia, regurgitação e dor epigástrica. Dentre os sintomas extra-esofágicos da DRGE, os relacionados à cavidade oral (sensibilidade dentária, gosto amargo, sensação de queimação na boca e faringe, úlceras na boca e eritema no palato e úvula) assumem uma dimensão importante.

Mudanças no estilo de vida podem melhorar os sintomas de refluxo em pacientes com DRGE leve a moderada. Entre essas mudanças está o controle da dieta; evitar alimentos que possam causar; comer devagar e ir para a cama pelo menos 4 horas após as refeições parecem melhorar os sinais clínicos da doença. Parar de fumar, perder peso, evitar roupas muito apertadas e inclinar a cabeça durante o sono são recomendados.

Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes, consequentemente, outras medidas terapêuticas precisam ser adotadas. Uma ampla gama de medicamentos é destinada ao tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, como alginatos (alginato de sódio), protetores da barreira mucosa (sucralfato), agentes pró-cinéticos (metoclopramida e domperidona), antagonistas do receptor histaminérgico H2 (cimetidina, famotidina e ranitidina), inibidores da bomba de prótons (omeprazol, rabeprazol, pantoprazol, lansoprazol, esomeprazol, dexlansoprazol), dentre outros. O tratamento cirúrgico é indicado em caso de falha terapêutica medicamentosa, presença de complicações graves ou intolerância aos tratamentos farmacológicos. 

Com essa perspectiva, um estudo prospectivo, randomizado e aberto, avaliou a melhora das manifestações extra-esofágicas orais em pacientes com DRGE utilizando comprimidos orodispersíveis de ácido málico e xilitol para estimular a secreção salivar, como coadjuvante do tratamento com omeprazol.

 

Para isso, 14 pacientes (idade entre 18 a 70 anos), com DRGE (confirmado por teste pHmétrico), foram randomizados em dois grupos, nos quais receberam o seguinte tratamento durante 6 meses:

Grupo 1 (n=7):
Ác. málico 28,58mg + Xilitol 422mg 3 vezes ao dia
Omeprazol 40mg 1 vez ao dia

Grupo 2 (n=7):
Omeprazol 40mg 1 vez ao dia

 

Resultados

 

Ao final do tratamento, 100% dos pacientes que não tomaram ác. málico + xilitol apresentaram xerostomia vs 14,3% dos pacientes que tomaram ácido málico + xilitol (p < 0,01);

O grupo ácido málico + xilitol apresentou capacidade tampão salivar aumentada (até 2,71 ± 0,49 a partir de valores basais de 2,17 ± 0,41), diferença estatisticamente significativa (p < 0,05), enquanto o grupo controle não obteve nenhuma melhora neste parâmetro. Ardência retroesternal (p < 0,05), pirose (p < 0,05) e regurgitação (p < 0,05) também foram reduzidos.

 

Conclusão

 

Os comprimidos orodisperísveis de ácido málico + xilitol melhoram a qualidade de vida dos pacientes com DRGE, reduzindo a boca seca, aumentando o tamponamento salivar e aliviando a azia, ardor retroesternal e regurgitação.

 

Formulações

 

Ác. Málico + Xilitol

Ác. málico ——– 28,58mg
Xilitol ——– 422mg
Apus ExcipSmart Oros qsp ——– 1 UN

Administrar 1 comprimido 3 vezes ao dia, deixando dissolver completamente na mucosa oral, ou conforme orientação médica.

 

+

 

Omeprazol

Omeprazol ——– 40 mg
Excipiente qsp ——– 1 Cápsula

Administrar 1 cápsula 2 vezes ao dia ou conforme orientação médica.

 

Apus ExcipSmart Oros: excipiente para o preparo de comprimidos de desintegração oral (orodispersíveis, sublinguais ou mastigáveis) e cápsulas de uso sublingual ou Sprinkle capsules. Promove rápida desintegração e dissolução do ativo nos fluidos da mucosa oral. Favorece a permeação transmucosa de IFAs e o mascaramento de sabor.

 

Referências: 

SÁNCHEZ-BLANCO, Irene et al. Effectiveness of salivary stimulation using xylitol-malic acid tablets as coadjuvant treatment in patients with gastro-oesophageal reflux disease: early findings. Medicina Oral, Patología Oral y Cirugía Bucal, v. 25, n. 6, p. e818, 2020.

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