Apus

A manutenção da nossa capacidade de controlar o momento em que evacuamos está associada a vários fatores, como a integridade dos músculos do ânus, a sensibilidade do reto (a porção final do intestino) e os movimentos peristálticos intestinais. Quando a perda do controle do esfíncter na região anal, tanto para gases como para fezes, ocorre por pelo menos um mês em pessoas acima dos 4 anos de idade e causa constrangimentos sociais e problemas de higiene, temos a chamada incontinência anal.

Trata-se de uma condição subestimada, cuja prevalência na população pode chegar a 18% dos indivíduos. Isso significa que uma em cada 12 pessoas sofre ou já sofreu algum episódio. Frequentemente, encontramos pacientes que, por vergonha, omitem a situação ao médico, o que dificulta o diagnóstico e retarda o tratamento.

incontinência fecal

A incontinência fecal atinge 18% dos indivíduos.

Um estudo randomizado, duplo cego e cruzado, avaliou a segurança e eficácia da aplicação intra-anal de oximetazolina na incontinência fecal em pacientes com lesão medular. (BARAK, Nir; GECSE, Krisztina B.; TAKÁCS, István., 2019). Para isso, 19 pacientes (idade média 42,6 9 anos, 84,2% homens), com lesão medular (ocorrida entre 3 meses a 5 anos antes do estudo) e pelo menos 4 eventos de incontinência fecal/semana, foram randomizadas para receberem o seguinte tratamento por 4 semanas:

Grupo 1 (n=10)
Oximetazolina 1% em gel
Aplicação intra-anal

Grupo 2 (n=9)
Placebo

 

Resultados

 

  • A pressão anal em repouso aumentou em resposta à oximetozolina (25,2%).
  • A mudança nos episódios médios de incontinência fecal por mês (12 horas após a aplicação da droga) favoreceu a oximetazolina em relação ao placebo: 26,3 (DP ± 28,4) versus 36 (DP ± 39,8) (p = 0,021).
  • Quando apenas a ocorrência de incontinência de gases intestinais foi incluída, o número médio de episódios diminuiu de 10,1 (+4,3) para 6,3 (± 2,1) episódios por mês (p = 0,022);
  • Nenhuma diferença foi observada em eventos adversos entre os períodos de tratamento e placebo.

 

Conclusão

 

A aplicação local do gel de oximetazolina apresentou um efeito clínico benéfico, acompanhado por um perfil favorável de segurança e tolerabilidade.

 

Sugestões de Fórmulas

 

Gel de Oximetazolina

Oximetazolina – 1%
Apus base gel não-iônico qsp – 30g

Aplicação intra-anal 1 vez ao dia ou conforme orientação médica.

 

Sachê de Psyllium

Psyllium – 3,4g
Apus Mix Adoçante qsp – 1 sachê

Administrar 1 sachê ao dia, diluído em 200mL de água ou suco, ou conforme orientação médica. SABORES: BANANA, CHOCOLATE, LIMÃO, MORANGO, UVA E SEM AROMA.

 

Apus Mix Adoçante:

Mix de aroma e edulcorantes solúvel. Ideal para formulações saborizadas em sachês. Sem açúcar, glúten, gorduras trans e lactose.

 

Estudo randomizado, duplo-cego, cruzado e controlado por placebo, demonstrou eficácia e tolerabilidade da loperamida em comparação com psyllium no manejo da incontinência fecal.

Dentro de cada grupo, a loperamida e o psyllium reduziram os episódios de incontinência fecal e melhoraram a gravidade dos sintomas e a qualidade de vida, porém a loperamida foi associada a mais efeitos adversos, especialmente constipação. (MARKLAND, Alayne D. et al.., 2015).

 

FONTES:

BARAK, Nir; GECSE, Krisztina B.; TAKÁCS, István. Topical oxymetazoline for fecal incontinence in patients with spinal cord injury: a double-blind randomized controlled crossover study. Diseases of the Colon & Rectum, v. 62, n. 2, p. 234-240, 2019.
MARKLAND, Alayne D. et al. Loperamide versus psyllium fiber for treatment of fecal incontinence: the fecal incontinence prescription (Rx) management (FIRM) randomized clinical trial. Diseases of the Colon & Rectum, v. 58, n. 10, p. 983-993, 2015.

 

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